Faz alguns dias, publiquei um post sobre o B&B Le stanze di Santa Croce, em Firenze. Lá, fui bem rebebida pela simpática e prestativa Mariangela. Ela me indicou o Fagioli restaurante como uns dos melhores restaurantes da cidade e, enfaticamente, sugeriu que eu não deixasse de ir. Como as dicas que ele havia me dado tinham sido ótimas, decidi que não poderia perder. Mesmo sem ter tanta fome assim, me dirigi ao restaurante no horário de abertura, oito da noite, pois lá as pessoas costumam sair cedo para jantar e, além disso, era sexta-feira. Para meu desespero, apenas 15 minutos após a casa abrir, não havia mais lugares disponíveis; os poucos vagos aguardavam as reservas. Um senhor muito simpático, me avisou educadamente: sinto muito! E aí, já sabe, a dificuldade aumenta a necessidade, e o desespero tomou conta de mim: “pelo amor de Deus, vou embora amanhã!” “Ah, sinto muito”, disse ele. Mas eu não arredei o pé: “foi a Mariangela quem me mandou aqui!” Ele fez charme. Consultava o caderno de reservas, olhava pra os lados, contava os lugares, dava uma bufadinha. Até que resolveu me conseguir um lugar numa mesa coletiva de uns 10 lugares. Numa ponta, um casal de canadenses. Na outra, três alemães. No meio, euzinha, sem ninguém na minha frente, olhando para os pratos alheios e para a cozinha. Comecei bem: brusquetas divinas! As melhores que já comi. Depois, dei uma fuçada na cozinha, esticando os olhos pelo passa-pratos….”Hummm, quero aquele bolinho ali, aquele de carne”. “Só ele? Não quer que eu ponha um pouco de porccini da estação?” Era época de cogumelos, aqueles danados de bom. Quem sou eu para rejeitar! Aceitei! Queria mais colgumelos, muito mais, de tão saboroso. Mas eu ainda tinha que comer o nhoque…. Enquanto eu fotografava os pratos, a canadense ao lado me olhou com cara de dó e perguntou se eu queria que ela tirasse uma foto de mim. Deve ter pensado que eu tirava fotos das comidas porque, como eu estava sozinha, era a única coisa que me restava fazer (tipo as pessoas que vão sozinhas ao restaurante e ficam grudadas no celular, sabe?). De repente, eis que chega à mesa: gnocchi di zucca! Quase não acreditava, de tão bom! Imaginava que a abóbora poderia deixar a massa pesada, mas não! Era leve, delicioso! Ainda sobrou um espacinho para a sobremesa, torta de pera. Sai radiante. Rolando, mas radiante…. não é isso que importa?
Anote: Corso dei Tintore, 47 – fecha aos sábados e domingos (Vai entender. Não dá para ser pefeito!)
コメント