Em meio ao caos do bairro do Marais e à agitação da Rue Rivoli, a poucos metros do rio Sena esconde-se um oásis de paz chamado rue Saint-Paul. Com menos de 300 metros, ela é desses lugares de Paris que parecem ter parado no tempo. Tomada por antiquários, lojas de decoração, brechós e boutiques de bijoux, é possível percorrer seus poucos quarteirões sem esbarrar em praticamente ninguém e ter a impressão de se sentir numa Paris que não existe mais.
Grande parte deste clima incrível ela ainda mantém devido à Village Saint-Paul. Sua existência remonta ao Século VII, quando, em 630, Saint-Eloi tesoureiro e ministro de Dagoberto Primeiro fundou um mosteiro de freiras dedicadas à Saint-Martial na Ile de la Cité. Depois, em 635 ele construiu à margem direita do Sena a basílica dedicada a Saint-Paul, que pode ser definida como o embrião da Village Saint-Paul. Escolhida por Carlos V como lugar de residência em 1360, a Village Saint-Paul tornou-se a paróquia dos reis da França 1361-1559.
Em 1979 decidiu-se revitalizar o local, que hoje conta com mais de 40 estabelecimentos comerciais, que dividem corredores, passagens e jardins com diversos edifícios residenciais. O clima é mesmo de vila, o que dá ao local um charme especial. Desça no metrô Saint-Paul (linha 1), e siga pela rue Saint-Paul. Perca-se. Sente-se para um café. Espie. Fuce nas quinquilharias.
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