Está na Pinacothèque de Paris a exposição Modigliani, Soutine et l’aventure de Montparnasse. Ela exibe a coleção de Jonas Netter, um dos mais importantes colecionadores do Séc. XX. e um dos primeiros a adquirir obras do italiano radicado em Paris. Depois, Netter descobre Soutine, Utrillo, Suzane Valandon e Kisling. São mais de 100 telas e diversos textos explicativos acerca das peculiaridades de cada um dos artistas, que ajudam o visitante não apenas a entender suas obras também o contexto histórico em que foram produzidas, passando necessariamente pelas ruas de Montparnasse. As obras da coleção de Netter, em poder de sua família, não eram expostas desde 1933. Anote: Pinacothèque de Paris – 8, Rue Vignon – seg/dom. – seg/dom. – 10h30/18h30 (bilheteria fecha 17h45) – ingresso 10 euros – metrô Madeleine (linhas 8,12 e 14).
Para dar um gosto especial à visita, indico o apaixonante livro que estou lendo no momento, Les Bohèmes, de Dan Franck:
” Ele (Modigliani) é também o amigo de Soutine. Ele o colocou debaixo das suas asas. Foi ele quem ensinou Soutine a mastigar de boca fechada, a não apoiar o garfo no prato do vizinho, a não roncar quando cochila nos restaurantes. Para Chaim (Soutine), Amadeo (Modigliani) é seu irmão. A ele, Soutine tem uma dedicação infinita … Os dois compartilham um desejo de independência. Não pertencem a nenhum grupo. Nem ao grupo do Bateau-Lavoir (atelier de Picasso em Montmartre), nem aos futiristas italianos… eles vão raramente ao apartamento de Gertrude Stein. Eles querem ser livres, distantes de qualquer escola!” – p. 287, Les Bohèmes – Calmann-Lévy, 1998.
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